Ás portas do Oitembro temos um Outono temperado com sol qb e algumas pitadas de chuva, nas árvores a palidez dos dióspiros e o raiado tosco das romãs escondem a doçura e o gosto que há-de apaladar esta estação insossa.
Ás portas do Oitembro temos um Outono temperado com sol qb e algumas pitadas de chuva, nas árvores a palidez dos dióspiros e o raiado tosco das romãs escondem a doçura e o gosto que há-de apaladar esta estação insossa.
os erros são pedras no caminho para a Perfeição…
a Perfeição é uma meta inatingível
para a qual devemos correr incansavelmente
todos os dias.
O nascer do dia trouxe consigo o nevoeiro esse fresco companheiro das manhãs de trabalho no campo, é sábado e é preciso aproveitar, as uvas estão no ponto e o milho a passar dele,
chamem-se as primas, os tios, as namoradas e os amigos, porque esta agricultura precisa de mão de obra, por um dia (umas horas) é o regresso às origens, troca-se o ginásio pelo campo, o computador pela tesoura de poda, o aparelho de soldar pela canastra (o telemóvel não se troca por nada),
e lá vão todos feitos agricultores de fim-de-semana, o Rui e a Zeza para a vindima, o Tono e a namorada desfolhar no campo, o Carlos com o tractor acarta as dornas com as uvas para a adega cooperativa (hoje é só branco verde!), a Inês e a João apanham o milho da eira e ajudam o Manel a acama-lo no canastro,
nesta terra onde já nenhuma mulher tem nome de santa (embora alguns B.I.s possam provar o contrário) lá para o fim da tarde vão todas desfilar as pernas para dentro de um qualquer lagar de uvas tintas, fazendo as delicias das gargantas de uns e dos olhos dos mesmos, e este dia não há-de acabar sem uma bela sardinhada de tiras de barriga, broa de milho com chouriça, e Super Bock para… desenjoar do vinho verde!?
A silagem está feita, a dourada bandeira do milho chama já para a desfolhada, nas ramadas o verde das folhas perde a cor e o aroma do americano tinto marca a hora: em breve teremos o ambicionado vinho doce, que se lixe a «cagamerdeira», que se dane o «pneu», venha daí uma rojoada de mata porco bem regada, que nos castanheiros os ouriços dizem que não tarda nada estamos no São Martinho.
No verão de 1942, com a segunda grande guerra no seu auge, um grupo de oito judeus foge das perseguições nazis e esconde-se no “anexo secreto”, uma prisão voluntária onde durante dois anos lutaram pela sobrevivência, na esperança da liberdade… A pequena Anne Frank foi registando ao longo dos dias os humores e desencantos da vida doméstica da pequena comunidade, como quem se olha ao espelho teve a frieza de relatar as suas fraquezas, e perspicácia suficiente para avaliar e criticar os outros com uma ingénua maturidade surpreendente. Custa pensar em toda a crueldade que este livro encerra, a autora não (des)escreveu o seu fim, seguiu o terrível destino de sempre temeu.
“No topo do mundo, nas profundezas do desespero.”
Goethe
Nos idos anos 80 alguns ditos «tolas incompreendidos» usavam umas esquisitas máquinas elitistas que ninguém levava a sério… vá se lá saber o porquê de uma escolha tão estranha como o nome do equipamento os: Macintosh, «corriam» um sistema cheio de não «me toques» com desenhinhos, linhinhas e corezinhas, e até aquele apêndice apontador lhe dava um ar um tanto ou quanto «amaricado». Coisa à séria era programar para código de máquina (só para homens de barba rija) e usar carradas de texto para toda e qualquer coisa, porque isto de trabalhar tem de dar trabalho e não pode ser a brincar.
A evolução da espécie (na altura éramos, pelo menos, australopitecos) mostrou-nos o erro de avaliação, e agora «ai» da máquina que não adopte interfaces orientadas a objectos: botões, ícones, cores, tem tudo de ser intuitivo, prático e simples de usar. Na linha da frente a mesma marca que deixou cair o elitismo (que só existiu porque somos tacanhos), simplificou o nome e democratizou o produto. A interactividade continua a ser a chave do sucesso para a Apple que não pára de nos surpreender.