by Hellder 'Lage' de Pinho
xiba-te
by Hellder Pinho, em 26.12.12 às 20:13link do post | favorito

Não vale a pena olhar para trás, o ano que passou foi aquilo que foi, mau.

O ano que vem também não será «pêra doce», à falta de outra solução, o melhor mesmo é erguer a cabeça, abrir bem os olhos e seguir em frente.


Vade retro 2012 - Não vale a pena olhar para trás


xiba-te
by Hellder Pinho, em 12.04.12 às 21:57link do post | favorito

Será?

Os antigos, mas sempre actuais, provérbios dizem:

 

Se a Senhora das Candeias rir, o Inverno está para vir.

A água que no Verão há-de regar, em Abril e Maio há-de ficar.

A ti chova todo o ano e a mim Abril e Maio.

Água que no Verão há-de regar, em Abril há-de ficar.

Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.

Abril, ora chora, ora ri.

Abril frio traz pão e vinho.

Abril molhado, ano abastado.

Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.

Abril, águas mil.

 

Praia do Furadouro, 9 de Abril de 2012
Praia do Furadouro



xiba-te
by Hellder Pinho, em 13.03.12 às 20:55link do post | favorito

O país anda de rastos, o desânimo tomou conta de boa parte da população, nem quando o Benfica perdia quase tudo se viviam tempos assim, embora (felizmente) o club do coração de (ainda) maior parte da população (da metrópole e de quase Angola inteira) não se tenha recomposto totalmente.

Neste nosso Portugal está quase tudo mal, e nem a religião ajuda, o clero (outrora porto seguro da população) fecha-se em copas, limita-se a gerir o pão nosso de cada dia, e a intensificar a ação social (quase sempre meritoriamente), mas é preciso mais, pode ser a hora certa para o rico clero tirar os anéis dos dedos, investir, construir e reconstruir tudo e mais alguma coisa, dar trabalho aos fieis injetando capital e animo na sociedade, dando o seu contributo para alavancar a economia, o povo está cansado de sermões e quer obras, a cassete do discurso do coitadinho copiada de um qualquer partido de esquerda de segunda linha não basta.

Os partidos também não ajudam em nada, temos um novo governo com maioria vai para um ano, esteve cá a troika e (quase) todos disseram "amen", eles voltam cá e continuam todos a dizer "amen", mas isso só não chega, é preciso haver de facto união, esquecer que existem por aí uns quantos velhos do Restelo, que são capazes de dizer que a ideia deles de ontem é má só porque só hoje foi proposta pelo outro partido, é deixa-los palrar à vontade e olhar para o que interessa, pôr o Ministério Publico e os tribunais a trabalhar, levantar processos relâmpago aos corruptos deste país, esses sim merecem ir para o desemprego urgentemente, dar um sinal claro de que há vontade de mudar, de acabar já com o clientelismo, colocar o estado ao serviço da economia apoiando o desenvolvimento de novos projetos, a maior queixa dos empresários não era até à pouco tempo a falta de dinheiro (agora infelizmente também já é), mas sim os entraves e a burocracia que o estado lhes colocava, não estorvar e ser rápido na resposta, já ajuda, e muito.

A nossa comunicação social tem adotado uma linha editorial negativista e catastrófica, e não se ensaia nada em ser parcial e dar voz aos interesses dos grupos para os quais trabalham, ou pior ainda, no caso dos media públicos onde os próprios funcionários (jornalistas) usam o poder da comunicação em proveito próprio tentando com isso manipular as opiniões a seu favor. Raramente se vê uma questão abordada de forma clara, isto é tem sempre de haver a preservativa do coitadinho, a opinião do fazedor de opinião do contraditório, mas se pelo menos isso contribuísse para o cabal esclarecimento da população: do mal o menos, contudo é nos sempre induzida a opinião de que tudo está mal e é mal feito.

Nos últimos anos a justiça tem acumulado processos que não consegue resolver, casos que a comunicação social se encarregou de alimentar, tal é a fome de obter sempre mais supostas provas, novos dados, ou sempre escaldantes insignificâncias, que por vezes só servem para desviar a atenção da opinião publica, conforme o interesse de quem tem força e poder para manipular as noticias. Tirando partido de mil e um expedientes os advogados fazem prolongar em tribunal processos com o único objetivo de adiar o veredicto conforme o interesse do seu constituinte, e de por essa via o prender ao seu jugo como cliente fiel.

No país real, a vida continua, as paredes escondem misérias, e em casa as famílias sofrem, a muitas falta o pão, ou melhor, até falta tudo (porque é que isto não muda?).

Nas ruas somos os maiores, está sempre tudo bem, desde que haja saúde e trabalho, o que não deixa de ser verdade, mas somos capazes de logo de seguida dar uma machadada em todos os conceitos, picar o ponto no emprego, ir para o posto de trabalho, mandar o patrão para o galheiro e pensar ou dizer baixinho: isto não é meu nem do meu pai, quero é que chegue depressa ás 6 da tarde, e ponham é lá o meu certinho ao fim do mês.

Somos uns morcões que para aqui andamos, incapazes de olhar para o espelho e ver o que de mal fazemos, quais burros usamos umas palas e só vemos em frente, ou aquilo que nos interessa ver, somos incapazes de olhar para o lado, libertar o nosso espirito crítico, soltar um berro e dizer:

isto está mal, é favor de fazer bem...

e mais nada!

Um desabafo, porra!


xiba-te
by Hellder Pinho, em 15.02.12 às 23:03link do post | favorito

Na paixão tal como em tudo na vida as nossas vontades são dominadas pelos apetites, o sal de um momento pode ser despertado pela doçura de um sorriso, a pimenta de uma ocasião pode estar à flor da pele na linha que separa o caramelo do creme de ovos, e… são tantas as vezes que temos de colocar os nossos desejos em banho-maria antes que esturrem, porque há sentimentos que fervem em pouca água, intenções cruas prontas a estrugir, carinhos insossos prontos a ser salgados por aquela lágrima de felicidade, calores escondidos que rebentam ao sabor agridoce do primeiro beijo.

O aroma da tentação chega ainda antes da primeira trinca, esta delícia é um petisco que se serve sem guarnição, que se prova mas nem sempre se aprova, saboreia-se lentamente, e rega-se generosamente com o néctar da loucura.

O gelado da prudência derrete-se no ardor do ensejo quando a lucidez já não faz farinha da perdição, ama-se com gula, e come-se como se não houvesse amanhã.

O remorso queima-se com o café, e o sentimento de realidade evapora-se a cada gole de um sempre ultimo digestivo.

Quando o caldo se entorna e chega a traição, esquece-se o colesterol, acabam-se as dietas, entorta-se o destino, e afagam-se as mágoas numa qualquer fatia de Bolo Estrelado.

Bolo Estrelado - Fast-Love


xiba-te
by Hellder Pinho, em 10.12.11 às 17:42link do post | favorito

«O Pai Natal à beira do menino Jesus é um velhote.»

Os velhos têm a lábia toda, mas as crianças com a infinita sabedoria dos inocentes são bem mais puras, não adianta esconder, mais cedo ou mais tarde eles chegam lá:

quanto mais velhos mais matreiros (ficamos)!

 

«O Pai Natal à beira do menino Jesus é um velhote.»


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