Um conjunto de vontades e (des)enganos junta-se numa pacata estância termal, os seus protagonistas vão dançando ao ritmo das suas vontades, ora conduzindo, ora deixando-se levar, cada um com um objectivo diferente, mas acertando sempre o passo ao do seu parceiro de ocasião, numa dança pegada, repleta de compassos de insinuada atração e de acordes de desajeitada maquinação.
Mais um dia que acaba e a cidade parece dormir, da janela vejo a luz que bate no chão e penso em te possuir. Noite após noite, há já muito tempo, saio sem saber para onde vou, chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou. Lua, Lua, eu quero ver o teu brilhar, Lua, Lua, Lua, Eu quero ver o teu sorrir.
Leva-me contigo, mostra-me onde estás, é que o pior castigo é viver assim, sem luz nem paz, sozinho com o peso do caminho que se fez para trás... Lua, eu quero ver o teu brilhar, no luar, no luar.
Homens de chapéu e cigarros compridos vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada, mulheres meio despidas encostadas à parede fazem-me sinais que finjo não entender. Loucas são as noites, que passo sem dormir, loucas são as noites. Os bares estão fechados já não há onde beber, este silencio escuro não me deixa adormecer. Loucas são as noites.
Não há saudade sem regresso, não há noites sem madrugada, Ouço ao longe as guitarras, nas quais vou partir, na névoa construo a minha estrada.
Loucas são as noites, que passo sem dormir, loucas são as noites...
Por vezes basta um simples toque no auto-radio e o debitar de alguns acordes musicais desperta-nos de imediato recordações há muito perdidas... numa perdida primavera, perdido de amores, perdia-me nos braços de uma menina com cara de atriz de novela, deu tudo certo, cada um seguiu o seu destino.
O disco não chegou aos TOP's, se o tivessem posto lá pulverizava a Lady Gaga e o que mais lhe aparecesse pela frente, este verão pelas festas e romarias vendia como pão quente, nas discotecas ambulantes tocava insistentemente e rivalizava com a missa e a cacofonia dos carrinhos de choque, na impossibildade de se fazer um teste de ADN à musica esta continua com muitos pais, "Mas quem será o pai da criança?" vai continuar a badalar neste réveillon.
She can kill with a smile She can wound with her eyes She can ruin your faith with her casual lies And she only reveals what she wants you to see She hides like a child, But she's always a woman to me
She can lead you to love She can take you or leave you She can ask for the truth But she'll never believe you And she'll take what you give her, as long as it's free Yeah, she steals like a thief But she's always a woman to me
Oh - she takes care of herself She can wait if she wants She's ahead of her time Oh - and she never gives out And she never gives in She just changes her mind
And she'll promise you more Than the Garden of Eden Then she'll carelessly cut you And laugh while you're bleedin' But she'll bring out the best And the worst you can be Blame it all on yourself Cause she's always a woman to me --Mhmm--
Oh - she takes care of herself She can wait if she wants She's ahead of her time Oh - and she never gives out And she never gives in She just changes her mind
She is frequently kind And she's suddenly cruel She can do as she pleases She's nobody's fool And she can't be convicted She's earned her degree And the most she will do Is throw shadows at you But she's always a woman to me --Mhmm--
O "aguardado" chega mas, para a maioria, não basta enquanto a nossa economia for minguante as nossas posses serão directamente proporcionais e pelo andar da carruagem não é tão cedo que isto muda
Aconteceu ontem na Assembleia da Republica o triste espectáculo do debate sobre o "Estado da Nação", do pouco que vi só retive a vergonhosa imagem de uma tragicomédia que reduziu o problema da pobreza em Portugal a uma discussão tecnocrática e ideológica, como se por milagre as discussões sobre as estatísticas se transformassem em pão e os conceitos em empregos, mas as tristes alegorias da discussão de ontem apenas alimentaram o ego dos deputados e governantes da nação. Ao contrário deste post que está escrito no passado o nosso País escreve no presente resmas de páginas de uma longa crise, com o desemprego em níveis alarmantes, impostos a subir, poder de compra a decrescer e uma divida publica galopante…
Hoje em dia as Dunas são (ou deveriam ser) lugares protegidos, mesmo quando identificadas e vedadas os inconscientes insistem em fingir-se de “anafabrutos”.
DUNAS
«Esta música é dedicada a sete rapazes da avenida de Roma.»
Dunas, são como divãs, Biombos indiscretos de alcatrão sujo Rasgados por cactos e hortelãs, Deitados nas Dunas, alheios a tudo, Olhos penetrantes, Pensamentos lavados.
Bebemos dos lábios, refrescos gelados (refrão) Selamos segredos, Saltamos rochedos, Em camara lenta como na TV, Palavras a mais na idade dos "PORQUÊ"
Dunas, como que são divãs Quem nos visse deitados de cabelos molhados bastante enrolados Sacos camas salgados, Nas Dunas, roendo maçãs A ver garrafas de óleo boiando vazias nas ondas da manhã
Bebemos dos lábios, refrescos gelados, nas dunas! Em camara lenta como na TV, Nas dunas.. Refrescos gelados... Como na Tv... Nas dunas...
Faz parte das nossas memorias de juventude aquele acampamento de “mil novecentos e troca o passo” em que embalados pelo calor e pela cerveja, dedilhando uma qualquer viloa de cordas partidas e acompanhados por uma excepcional precursão de tampos de mesa, desafinávamos as “Dunas” e afinávamos nos beijos daqueles amores de verão que nem sempre ficaram enterrados na areia.
Em 1985 a banda do irreverente Rui Reininho, os GNR, lançou o álbum “Os homens não se querem bonitos”, deste sobreviveu até aos nossos dias o tema “Dunas” que é mais do que um mito, é uma verdade incontornável.