Os ritmados açoites do boieiro na canga incitam os mansos a mostrar porque têm cornos, a lerda lenta parelha de bois puxa pela corda que dá vida à praia, tirado o barco não há tempo para descanso, o grasnar das gaivotas já anuncia a chegada das artes, nas redes o peixe sustento de tantos e alimento de quantos ás sardinhas juntam os pimentos, à petinga o arroz de tomate, e ás cavalas a batata da terra arada pelos mansos primos destes ou doutros.
Arte xávega na praia do Furadouro, pintado por: Jorge Barros