Para aqueles que (como eu) olham cada vez mais “de lado” para os novos agricultores virtuais, que não se cansam da agricultura feita com os dedos enfiados no teclado e não na terra, eu tenho uma explicação: “revivalismo”, ou seja uma vontade enorme de voltar ás origens (confortavelmente) sentados atrás de um computador
Se não vejamos o cenário bucólico que se vivia em Portugal há menos de cem anos atrás
«Não encara a possibilidade de passar a plantar trigo? Dizem que querem acabar com as importações e que é preciso tornar o país independente na produção de pão. Parece que o estado paga uma fortuna por cada hectare plantado.»
«As minhas terras produzem muita coisa, minha senhora. Azeitonas, cerejas e amêndoas. Pegamos nas azeitonas e fazemos muito azeite, que depois vendemos às mercearias de Alfândega.»
em A vida num sopro de José Rodrigues dos Santos
na realidade muito do que se passava em Portugal nos idos anos 30 do século passado (XX) ainda hoje se vive em muitos lugares do interior.
Este post faz parte do meu manifesto anti-farmville (e outras coisas que tais).