Longe vão os tempos em que Camões exultou a nossa gloria, longe vão os tempos em que eram grandes os nossos feitos, «ora bolas!», afinal o que se passa, já não seremos nós uma pequena grande nação, um peito ilustre lusitano, que honra canta e rejubila da sua gloria, não teremos sido nós os grandes guerreiros que venceram os deuses do medo, e os preconizadores da grande fusão de sociedades, Deus criou o homem e o português criou a mulata (e fê-la bela). Então porque continuamos acabrunhados, a lamuriarmos constantemente a nossa sorte de não termos nascido ricos, de estarmos (agora) confinados a este canto da Europa (jardim para os outros se passearem), e de todos e mais alguns empecilhos que nos empoeiram o cérebro?
Ontem como hoje, hoje como amanhã, o que é preciso é erguer a cabeça, e seguir em frente, demonstrar o nosso valor e vencer, é certo que não temos tecnologia como no tempo de Camões para ir conquistar outros novos mundos alem-terra, nem tão pouco vendemos aviões ou comboios de alta velocidade, mas somos lideres na alta tecnologia que empina o rabo e transforma as flácidas peles das finas senhoras Europeias em firmes e esculturais pernas assim que assentam os seus pés em qualquer sapato de salto alto pensado, desenhado, e feito por mãos Lusitanas, e porque não dizê-lo somos cobiçados pela inteligência e constantemente assediados para trabalhar alem-terra, já não somos só reconhecidos como mão de obra forte e voluntariosa. Se também nos gabam e procuram pelas qualificações, capacidade científica e imaginação, então está hora de apostarmos nós na nossa Lusitânia.
Crónica de 10 de Junho, dia de Portugal, Camões, e das Comunidades