À esquerda do panorama político nacional dois partidos minoritários com assento parlamentar, reclamam uma luta constante pelos direitos dos trabalhadores, pelos pobres, pelos fracos, pelos desprotegidos, uma cassete repassada (remasterizada para CD) que cada vez mais soa a falso. Os seus lideres constantemente interventivos e interpelativos, cheios de ideias das melhores ás mais mirabolantes não passam de vozes fingidas que só actuam perante o clique das câmaras de TV. Os seus ideais revolucionários, as suas tezes de contestação, as suas manifestações de desagrado não passam de ideias requentadas, e de uma constante afirmação do contra tudo e contra todos.
A sua forma de estar na cena politica nacional ao recusarem constantemente qualquer forma de acordo ou coligação para chegar ao governo (poder), torna-os políticos COBARDES, medrosos que preferem alhear-se do poder, demitindo-se assim de responsabilidades, e assumindo assim permanentemente uma conveniente posição critica, furtando-se assim a eventualmente colocarem o seu saber, a sua inteligência, a sua vontade, e as suas forças ao serviço dos seus eleitores.
Demitem-se assim das suas responsabilidades, preferindo continuar a ser as forças politicas dos coitadinhos, dos maltratados, dos marginalizados, endrominando-os com discursos carregados de retórica aldrabada e de demagogia gritante, acalentando sempre a falsa esperança de um dia terem alguém no poder que olhe por eles. Raramente as suas bancadas parlamentares apoiam as ideias de qualquer outra e gostam de estar sempre na fila da frente do «bota abaixo» das ideias lançadas pelos restantes, é sempre mais confortável manter do discurso de maldizer, daqueles que estão agora no «poleiro», ou dos que já estiveram na «cadeira» do puder, acusando-os de nada ou de mal fazer, do que «arregaçar as mangas», ir à luta, decidir, fazer ou construir.
Está na hora do voto ser pela diferença, não há mais lugar para o benefício da dúvida, e cada vez mais devemos dar a oportunidade à mudança, mas políticos desta estirpe não constituem alternativa.
A inutilidade de votar em partidos cobardes deve ser repensada.