Até os pôr-do-sol mais harmoniosos encerram dias menos agradáveis…
São Martinho da Gandara, 31 de Janeiro de 2012
a vida é para ser vivida com intensidade,
rasgada em todos os seus limites,
no fio da navalha (se possível a cortar),
sem perder o fio do horizonte,
sempre, sempre em profundidade…
o nosso destino é o infinito!
pôr-do-sol, Furadouro 22 de oitembro de 2011
Chegou o Outono: troveja, relampeja, chove, torrencialmente, um vento horrível, parece o Inverno este Inferno: estamos em crise, aumenta o custo de vida, mais impostos, só se fala na dívida pública: "paga Zé!"... «raios e coriscos» que vem a ser isto, CHEGA! Toca em frente, «bota prá estrada» porque é preciso erguer este país no meio desta tempestade, «bora lá» bater punho, remar contra a corrente, pedalar, pensar positivo!
Agora:
deixem-me mas é recordar coisas boas!
e «façam o favor de ser felizes!»
façam o favor de ser felizes,
pôr-do-sol, Furadouro 22 de oitembro de 2011
Com o prenuncio próximo de chuvas e frio chega ao fim este atípico e prolongado Verão, na nossa memoria vão perdurar as noites incríveis, as belas manhãs, as tórridas tardes, ou aqueles pôr-do-sol fantásticos que a todo o custo tentamos agarrar e guardar para sempre na nossa memória.
Pôr-do-sol, praia do Furadouro, 8 de Oitembro de 2011 ~ 19:02
A vida traz-nos destes espinhos, um nascer do sol emoldurado pelo fumo de um terrível incêndio em Vale de Cambra, traz-nos a beleza das imagens que nos entristecem.
Nascer do dia sobre Oliveira de Azeméis,
visto a partir de Vila Cova
14 de Oitembro de 2011 ~ 08:00
00:00 uma vaca ainda ronca desalmadamente
01:00 concerto para camião e contentor do lixo
02:00 a bebedeira do gato apaixonado
03:00 lamentos de uma ave vadia
04:00 conversa de cães
05:00 um galo com o despertador avariado
06:00 as capoeiras todas ao rubro
06:40 o sino para a missa primeira
Nascer da Lua em São Martinho da Gandara,
12 de Oitembro de 2011 ~ 19:40
Os dias quentes continuam a transformar este Oitembro
num imemorável: tórrido Outono,
os agoirentos já começam a falar
na crise: da falta de chuva!
Pôr-do-sol, praia do Furadouro, 8 de Oitembro de 2011 ~ 19:02
O Sol quando nasce assim,
é só para aqueles que apreciam.
7 de Oitembro de 2011 ~ 08:00,
nascer do Sol sobre Oliveira de Azeméis,
visto a partir de Madail.
por vezes é no meio de muitas duvidas
que encontramos grandes certezas
pôr-do-sol, São Martinho da Gandara, 3 de oitembro de 2011
Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
Pablo Neruda
Vi-te quando saía do emprego,
piscaste os meus olhos com o teu habitual sorriso tímido,
senti-me intimidado quando te apanhei de frente
mas o teu natural tom rosado não deixava duvidas,
estavas no teu maior fulgor de beleza,
é então que decido ir atrás de ti.
Desliguei o “automático” e segui o meu instinto,
desci ao vale,
cruzei o rio na velha ponte,
e subi a serra sem olhar para o lado,
agora sabia de cor o caminho
e como te encontrar.
O meu destino eras tu!
Foi no nosso - há muito esquecido -
mas sempre eterno recanto que te achei.
Saí do carro e corri outeiro a baixo para te ver melhor,
frente a frente…
deixei que me beijasses
uma,
outra,
e mais outra vez,
os poucos minutos que se passaram foram uma longa eternidade
a ver-te desaparecer no firmamento.
Feliz,
virei as costas sem te dizer adeus,
vemo-nos amanhã.